terça-feira, 26 de abril de 2011
Poema sem titulo (ainda)
"Um dia alguém decidiu que
o Sol Iluminava o dia e que
a Lua iluminava a Noite,
sendo assim, foram obrigados
a viverem separados e só às vezes
se encontram num raro eclipse,
não fazem perguntas, nem cobranças,
apenas vivem o momento
deitados nos anéis de Saturno como crianças,
mas hoje a Lua faz anos
e o Sol mais do que despir-se
desnudou a sua alma para Ela,
deu-lhe a conhecer uns pequeninos raios só dele,
guardados há muito, mas com um calor especial,
Por vezes, os raios do Sol conseguem aquecer e confortar a Lua,
outras vezes há que sem se aperceber
os seus raios queimam, magoam e ferem-na
Ela nada diz e Ele envergonha-se
esconde-se atrás das nuvens,
outras vezes há que chora através da chuva,
mas hoje a Lua faz anos
e o Sol libertou os últimos raios
que o prendiam a Ela,
sem ajuda, tirou o véu da sua alma,
libertou-se desses raios que o acorrentavam,
Hoje já sabem que um dia
alguém decidiu que Ele Iluminava o dia
e que Ela iluminava a Noite,
mas uma grande amizade os une
e por isso, há dias iluminados pelo Sol
que a Lua aparece para o ajudar a brilhar,
e há noites em que a Lua brilha
ajudada pelos raios do Sol,
Hoje não há perguntas para fazer
porque não há respostas para dar,
Hoje os dois sabem qual é o seu lugar."
Ceiça Sousa
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